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Sparring é um treino indispensável quando estamos a treinar qualquer arte de luta seja para competição ou para defesa pessoal. É neste momento em que começamos uma preparação psicológica, física e criativa das nossas técnicas, sobre alguém que tem a mesma ideia ou intenção de treino.

 

A palavra-chave é a PRÁTICA.

 

Oiço por vezes alguns atletas parafrasearem como bateram forte de uma forma ou de outra, ou como ninguém pode tocá-los no ginásio, respondendo ao toque com agressividade. Digo toque e não bater. Na minha modesta opinião, não é uma das boas maneiras de se estar a treinar. Dos maiores erros que os atletas cometem quando treinam em sparring, pensam que podem bater forte nos seus parceiros de treino com pleno direito causando em alguns casos lesões e hematomas. Das maiores desvantagens na disputa de bater duro, é que vamos sentir uma falsa sensação de superioridade. Como digo aos meus atletas: Se querem ser "brutos", vou buscar o meu macaco de estimação e vence qualquer um fisicamente, em força e agilidade. Eles podem e devem fazer a diferença pela inteligência, tecnica e a criatividade aplicada, sem bater forte para se imporem num treino onde não há vitorias. Numa situação real vão existir muitas mudanças e rápidas, com diversas variáveis. O treino de sparring serve para  aprender e aperfeiçoar as nossas técnicas em determinadas condições e como lidar como elas em diversas situações.

Por exemplo: Sermos colocados nas cordas, num canto, quando estamos em situação corpo a corpo, se é esquerdino, clinch, se gosta mais de chutar, se gosta mais de fazer boxe etc, etc.

 

Como fui o mais duro a bater sou o maior.

A realidade vai ser bem diferente. No combate real o teu adversário não vai “fugir/proteger”,

Ele vai querer lutar e terá treinado o “Know-how” como lidar contigo…....

 

Esta é a minha filosofia. Só quero dar a entender que um combate não é violência e que a evolução não é ser o mais ''bruto''. Ou evoluem todos ou não aprende ninguem! Uns mais que outros como é óbvio, mas sempre com o conceito da amizade, respeito, ambição de conhecimento e prática nas artes da luta. Explorar o combate é apenas uma das formas de estudar uma pequena fração da vida. O corpo humano não tem limites, mas as emoções de agressividade, fraqueza psicologica e baixa auto-estima criam muitas limitações. 

O ego é dos maiores entraves para os atletas amadores, profissionais e se me permitem, a treinadores tambem!

 

A todos os atletas

Bons treinos

 Fernando J. Brito

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